Porque somos a única OPOSIÇÃO nas eleições do Sindireceita?

Somos a chapa Reconstrução com Unidade. Somos oposição.

Discordamos e temos críticas à atual direção do Sindireceita pela forma como conduz as pautas dos Analistas Tributários e como gere os recursos da categoria.

E por que somos a única oposição, se há uma terceira chapa?

Porque o grupo da chapa Experiência em Ação representa a continuidade de pessoas e práticas da atual Diretoria Executiva Nacional, das quais discordamos e contra as quais nos apresentamos como alternativa.

Além de dois ex-presidentes da DEN integrando a chapa, Geraldo Seixas e Paulo Antenor, Seixas é o vice-presidente da atual Diretoria. Outro ex-diretor da atual DEN, Marcelo de Arruda, Diretor de Assuntos Previdenciários, renunciou recentemente e se candidatou nessa mesma chapa.

Em termos de práticas e formas de atuação, o que vemos de vários candidatos dessa chapa, são personalidades centralizadoras, autocráticas, convictas de uma perigosa certeza de que são capazes de resolver, sozinhos, a complexidade da realidade atual. Bastante próxima – não por acaso – da prática observada em diretores da atual DEN.

Quais são nossas críticas às duas chapas representantes da atual DEN?

Falta de transparência financeira, jurídica e política. A falta de transparência financeira fica escancarada quando o próprio Conselho Fiscal Nacional é impedido de acessar documentos para análise contábil e um de seus membros é processado judicialmente pelo próprio Sindireceita, usando a estrutura jurídica sindical e os recursos dos filiados.

Os valores exorbitantes gastos com custeio da Diretoria Executiva Nacional e pagamentos de diárias, que em 2024 chegaram a 4 milhões, não tem justificativa plausível e precisam de  revisão urgentes. 

Em 2024, quando Delegados eleitos para a Assembleia Geral Nacional de Salvador apresentaram proposta para conter gastos, ela foi rejeitada com o voto ou abstenção dos diretores da atual DEN e pelo candidato a presidente da chapa Experiência em Ação.

Ainda teríamos que falar da falta de transparência política. Por exemplo: quais as circunstâncias que levaram a DEN a apresentar 10 de seus diretores, incluindo o presidente Thales Freitas e o vice-presidente Geraldo Seixas, para a mesa diretora da FEBRAFISCO (federação dos fiscos que o Sindireceita integra)?

Sendo que o presidente Thales e mais 8 diretores disputaram em uma chapa e o vice-presidente Geraldo Seixas em outra. A decisão da eleição, novamente, terminou na justiça. Sempre usando a estrutura jurídica e os recursos da categoria.

Além da fratura interna da direção, exposta na disputa, o que justifica a indicação de 10 diretores de um único sindicato para a direção da Federação? Manter-se no poder, caso percam as eleições no Sindireceita? Projetos pessoais mal esclarecidos?

Atuação reativa, sem planejamento, agindo apenas sob pressão da base. Desde o risco que corremos com a ADI 4616, no princípio do mandato da atual DEN em 2023, ficou evidente a atuação reativa, ou seja, a prática de “correr atrás do prejuízo” que virou marca registrada dessa gestão. 

A Diretoria Executiva apenas abandonou o discurso de que “estava tudo sob controle” quando sentiu seu poder ameaçado por representantes/conselheiros de Delegacias Sindicais de todo o país, que se reuniram e convocaram uma reunião extraordinária do Conselho Nacional de Representantes Estaduais, onde traçaram uma estratégia para a defesa da categoria na ADI.

A mesma atuação passivo-reativa se mostrou quando da tramitação do PLP 68, da Reforma Tributária, que excluía os Analistas Tributários da CBS, o novo tributo federal. A demora em traçar uma estratégia de defesa, resultou na reversão apenas parcial do prejuízo à categoria. E, novamente, a reação só veio após pressão da base organizada em torno de suas Delegacias Sindicais.

A mobilização contra o reajuste ZERO do vencimento básico, obtido na mesa de negociação de 2024, novamente precisou da ação organizada da base das Delegacias Sindicais, isoladas e afastadas pela direção nacional, pressionando a DEN para que fizesse o seu trabalho.

Foi apenas a partir da mobilização e de ações de pressão nas aduanas, com repercussão na imprensa  feita por Delegacias Sindicais, que uma proposta de reajuste do vencimento, ainda que insuficiente, foi apresentada.

Isolamento da base e desmobilização da categoria, levando à fragilização da própria DEN nas mesas de negociação. Desde o começo do mandato, em 2023, a atual direção nacional adotou uma postura de ruptura com as Delegacias Sindicais e lideranças críticas.

Para isso, processou judicialmente, inclusive criminalmente, Analistas Tributários, em tentativa truculenta de intimidação, usou massivamente a estrutura de comunicação para desinformar e se auto promover, enquanto a categoria perdia salário, direitos e espaço de atuação qualificado dentro da Receita Federal.

Sob o manto de super homens que matam no peito e resolvem tudo, diretores arrogantes, autocráticos e refratários à críticas e sugestões, encastelaram-se atrás de câmeras de vídeo e pregaram suas “grandes vitórias”. Enquanto Analistas Tributários enfrentam a realidade de perda de espaço e prestígio no seu dia a dia e nos contra cheques. 

Por isso somos a ÚNICA OPOSIÇÃO.

Por isso somos a Reconstrução com Unidade, forjada no diálogo, na escuta, na construção coletiva, na convicção de que pensando e agindo juntos somos capazes de enfrentar a complexidade do presente e moldar o futuro de todos os Analistas Tributários da Receita Federal, sem deixar nenhum para trás.